O pastor Felipe Oliveira, de 47 anos, une a religião ao quimono como faixa-preta de Jiu-Jitsu. Atualmente desenvolvendo o projeto Ministério de Lutas, além de atuar como voluntário no Instituto Desenvolva, Felipe também é professor em três academias da Gracie Barra, sua equipe, e segue se aprimorando.
“Iniciei no Jiu-Jitsu em 1995, no Rio de Janeiro, sendo graduado faixa-azul em 1996 pelo mestre Leonardo Castello Branco. No ano seguinte, mudei-me para São Paulo para cursar Engenharia, o que me afastou dos tatames por cerca de 10 anos. Durante esse período, me mantive ativo no esporte, dedicado por alguns anos ao Boxe”, relembrou Felipe, que continuou:
“Em 2007, decidi abandonar a carreira de engenheiro mecânico para me dedicar integralmente ao pastoreio. No mesmo ano, fui enviado com minha esposa e nosso filho mais novo como missionário para o Nordeste, mais especificamente para Natal (RN), onde iniciamos o trabalho da igreja. Durante quatro anos, atuamos abrindo e pastoreando igrejas por toda a região Nordeste, até que, em 2011, fomos transferidos para o Rio de Janeiro com a missão de cuidar da igreja local e supervisionar todo o estado”.
O retorno ao Rio marcou a reconexão de Felipe Oliveira com o Jiu-Jitsu. E graduado faixa-preta em 2021, ele vem se dedicando a disseminar não apenas a fé através da religião, mas também pelas artes marciais.
“Minha história com o Jiu-Jitsu é uma jornada de construção de identidade, de transformação pessoal e de contribuição à vida de outros. A arte suave é, sem dúvida, uma das colunas que sustentam quem eu sou hoje e, assim como a fé, ajuda o ser humano a crescer”, afirmou o pastor, antes de encerrar:
“O Jiu-Jitsu foi muito além de uma prática esportiva. Ele moldou minha forma de pensar, agir e me relacionar com o mundo. Os valores da arte marcial me ajudaram a crescer como ser humano, profissional e líder. A resiliência nos treinos, o respeito ao próximo, o autoconhecimento, a paciência para evoluir e a responsabilidade com o que se transmite ao outro são fundamentos que carrego diariamente – seja dentro do tatame, no ambiente de trabalho ou nos projetos sociais que abraço”.